Tudo está escuro,
Não vejo nada à frente.
O ar parece mais duro
E mole me parece o dente.
As sombras perseguem-me
E eu bem que fujo delas.
As sombras entristecem-me
Quando as luzes são tão belas.
Tento a tristeza esquivar,
Tento muito me entreter.
Mas se mal quero trabalhar,
É procrastinação a valer.
Mas que amargura, que tédio!
Vivendo sem da força a luz
Entendo que este compêndio
De preguiça é a minha cruz.
Vontade, vem a mim!
Quero querer trabalhar!
Não quero viver assim,
Tropeçando onde calhar.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Ataques de Loucura
Estou louco, estou louco,
Cheio de alegre loucura.
Se tu achas isso pouco
A tua cegueira não tem cura.
Vejo no sol uma escuridão
E na noite uma luz.
Acredito piamente que Platão
É que foi pregado na cruz.
Voo na minha bicicleta,
A nado vou no meu avião.
A minha vida está repleta
De pássaros a voar no chão.
Quando a loucura desaparece
Por breves momentos de lucidez
Vejo que a minha alma empobrece
E fico pálido na minha tez.
Então volto a ficar chanfrado,
Porque há tanta gente que amo,
Mesmo sem ser amado
O romantismo é o meu ramo.
Eu sou louco e assim feliz
Num mundo feito meu.
Assim que voltei a ser petiz
A tristeza desapareceu.
Cheio de alegre loucura.
Se tu achas isso pouco
A tua cegueira não tem cura.
Vejo no sol uma escuridão
E na noite uma luz.
Acredito piamente que Platão
É que foi pregado na cruz.
Voo na minha bicicleta,
A nado vou no meu avião.
A minha vida está repleta
De pássaros a voar no chão.
Quando a loucura desaparece
Por breves momentos de lucidez
Vejo que a minha alma empobrece
E fico pálido na minha tez.
Então volto a ficar chanfrado,
Porque há tanta gente que amo,
Mesmo sem ser amado
O romantismo é o meu ramo.
Eu sou louco e assim feliz
Num mundo feito meu.
Assim que voltei a ser petiz
A tristeza desapareceu.
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