sábado, 12 de março de 2011

Chuva de prata

Em dias de chuva,
no pleno céu de prata,
a alma que era turva
fica pura e nada farta.

Correndo ia eu,
debaixo das belas gotas,
e gritei pelo amor que é meu
e que como ela não há outras.

E eis que um raio de sol, fores onde fores,
recai sobre o nosso belo povo.
E aparece então um arco de belas cores
como quando o mundo ainda era novo.

E então aos céus
o teu nome eu gritarei.
Ouçam juizes e réus
o nome da mulher que amo e amarei.

Embora minha alma não seja pura
ainda não perdi a compostura.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sonho Apocaliptico

Chegou então, por fim,
o dia do julgamento.
Acabou-se para mim
todo este tormento.

Reuiniram-se todos os povos
á frente do bom juiz.
Reuniram-se velhos e novos
desde o zangado ao feliz.

Os justos iam subindo,
embora esses fossem poucos,
e os ruins iam caindo,
parecendo todos uns loucos.

E então lá chegou
o meu fatidico momento.
E assim ele quase ditou
se merecia céu ou tormento.

E eis que então eu acordo
de um sono profundo.
E assim me alegro a meu modo
de estar de volta ao meu mundo.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Amar realmente

Se amar é isto
então não sei que faça.
Porque assim eu não resisto
a gritar o teu nome na praça.

A saudade de ti é sufucante,
pois sofoca com tanto excesso.
Deixa-me ser o teu amante
para o nosso amor ter sucesso.

Se tu soubesses o quanto
eu te quero abraçar,
tu me abraçarias de tanto em tanto
para os teus lábios querer beijar.

O meu sentimento é crescente,
cada vez mais te irei amar.
Tu és grande delinquente,
pois o meu coração vieste roubar.

Sendo assim volta atrás
aos tempos de antigamente,
onde as namoradas não são más
e onde o amor realmente se sente.

Agradeço desde já pela ajuda de uma grande amiga (SD), pois sem ela não teria conseguido fazer esta criação.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Este País

Estava numa bela noite
a admirar o luar
e lembrei-me que este sim
é afinal o meu lar.

Pode ter bastantes defeitos,
mas enfim, quem não os tem?
Toda a gente sem preceitos
sabe mais disso que ninguem.

A andar vamos cantando
da pátria o nosso hino.
A cantar vamos andando
desde o idoso ao menino.

Grande país foi este nosso
no tempo das velhas marés.
Descobriu o que não é nosso,
descobriu de lés a lés.

E para então terminar
este simples poema
temos de acabar
com um trabalhoso dilema:

Se voltarmos a trabalhar,
como antes se trabalhou,
nova grandeza iremos encontrar
como quando o povo aos céus chegou.

domingo, 6 de março de 2011

Povo que luta

Logo pela manhã
sentia-se electricidade no ar,
porque a guerra da liberdade
estava prestes a começar.

Os primeiros eram tunisinos,
que desferiram o golpe de graça.
Fecharam os seus maus caminhos
e acabaram com aquela farsa.

Seguiram-se então os egípcios,
que das pirâmides tinham cultura.
Eles lá com os seus indícios
acabaram com aquela amargura.

Agora temos o Bahrein e a Líbia
que, irmãos na revolução,
tentam deixar a coisa tíbia
com fogo no coração.

Amigos, não é má altura,
altura para a liberdade!
Aproveitemos esta fervura
em esta e qualquer idade.

sábado, 5 de março de 2011

Utopia

Andam sempre descalços
Os moços da minha terra.
Adoram os frutos da paz
E odeiam a azia de guerra.

Todos eles vão à escola,
Vão para lá aprender.
E com os livros na sacola
Um dia a paz irão ter.

Brincando na rua com tijolos
Um futuro construirão.
Desde o trolha ao doutor
Agirão sempre com coração.

Brincam juntos moços e moças
Na lama e nas ribeirinhas.
Quando família eles formarem
Nascerão belas criancinhas.

Esta é terra prometida
Mas é pena não existir.
Nenhuma alma será reconhecida
E o mundo irá finalmente cair.