segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Exausto

Vou-me fechar dentro de mim,
Manter-me a salvo do exterior.
Talvez até possa ser assim
Que me passe o frio e o calor.

Este rigoroso inverno,
O da minha vida te falo,
Piora este gelar interno.
Porque será que não me calo?

É menos suor que lágrimas,
a cada hora todo o dia.
Aguentando que nem máquinas
Esta falta de alegria.

Aquele intenso verão,
Exaustivo como tudo
Em que este coração,
Não tem abrigo de um escudo.

Que canseira, que agitação,
Esta coisa da paixão!
Se não aguentas a palpitação
Hás de parar no caixão.

Assim eu me resguardo, evitando
As intensidades frequentes.
Sejam frias ou sejam quentes,
deixam meus órgãos doentes.